sexta-feira, 28 de setembro de 2012

MACEDO & MOURA


A noite foi prolixa e riquíssima em pérolas. Nomeio vencedor o debate (?) entre aqueles dois “marretas” que às vezes se juntam na RTP Informação e que hoje, sorridentes, assim comungaram no final junto do moderador: “Tem de nos dar mais alguns minutos a ver se discordamos em alguma coisa”!


Disse Macedo: “É só quando de facto há uma ignorância daquilo que são as condicionantes externas que não se percebe o sucesso extraordinário do ajustamento externo. Mas atenção: esse sucesso foi de tal maneira espetacular (…), num ambiente recessivo, que, primeiro, não se sabe se vai poder continuar e, segundo, traz efeitos negativos (…), os efeitos orçamentais, porque evidentemente quando se exporta isso não beneficia o IVA, o IVA é uma grande receita e, portanto, há esse problema.”


Retorquiu Moura: “Eu acho que há um conjunto significativo de atos económicos concretos, resultantes do funcionamento da economia, que permitem antever – sublinho antever – a hipótese de se estar no início de uma viragem positiva.” E, mais explícito ainda: “Uma coisa é sublinhar-se as dificuldades, sublinhar-se até os erros que conduzem a certo tipo de dificuldades, outra coisa muito diferente é querer-se dar por atacada e acabada a ideia de que a política económica até agora desenvolvida, deste Governo, fracassou.”

Mas a tirada da noite veio desse mesmo Moura, também às vezes cognominado Cardeal: “Ninguém contesta o direito de quem quer que seja se manifestar.” – não é divinal?

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