A noite foi prolixa
e riquíssima em pérolas. Nomeio vencedor o debate (?) entre aqueles dois “marretas” que
às vezes se juntam na RTP Informação e que hoje, sorridentes, assim comungaram no
final junto do moderador: “Tem de nos dar mais alguns minutos a ver se discordamos
em alguma coisa”!
Disse Macedo: “É
só quando de facto há uma ignorância daquilo que são as condicionantes externas
que não se percebe o sucesso extraordinário do ajustamento externo. Mas
atenção: esse sucesso foi de tal maneira espetacular (…), num ambiente
recessivo, que, primeiro, não se sabe se vai poder continuar e, segundo, traz
efeitos negativos (…), os efeitos orçamentais, porque evidentemente quando se
exporta isso não beneficia o IVA, o IVA é uma grande receita e, portanto, há
esse problema.”
Retorquiu Moura: “Eu
acho que há um conjunto significativo de atos económicos concretos, resultantes
do funcionamento da economia, que permitem antever – sublinho antever – a
hipótese de se estar no início de uma viragem positiva.” E, mais explícito
ainda: “Uma coisa é sublinhar-se as dificuldades, sublinhar-se até os erros que
conduzem a certo tipo de dificuldades, outra coisa muito diferente é querer-se
dar por atacada e acabada a ideia de que a política económica até agora
desenvolvida, deste Governo, fracassou.”
Mas a tirada da
noite veio desse mesmo Moura, também às vezes cognominado Cardeal: “Ninguém
contesta o direito de quem quer que seja se manifestar.” – não é divinal?
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