Respigo dos títulos dos jornais locais do dia, devidamente confortado por uma significativa diversidade de conversas de rua e de bastidores, algumas breves que marcavam de modo limitadamente circunstancial a atualidade da Galiza aquando da minha passagem por Santiago de Compostela no início da semana: a perda populacional (com os registos de nascimentos ao nível mais baixo da história) e o seu acentuado envelhecimento (ver infografia abaixo), os medos e as proteções empresariais perante as ameaças e as evidências de processos de deslocalização para terras lusas e o maná de uma Inditex a bombar imparavelmente desde há três décadas.
A este último propósito, talvez ainda venha um dia a conseguir entender as verdadeiras razões pelas quais a Zara foi um produto de origem galega, sobretudo tendo presente que a base industrial do têxtil e vestuário a norte de Portugal tinha o peso, o conhecimento e a experiência que se lhe reconhecia dominante nos anos 70/80 do século passado – é que não pode ter sido só aselhice do lado de cá e visão do lado de lá, embora já uma conjunção viciosa de aselhices versus um encontro virtuoso de oportunidades... Dito isto, aprendi bastante sobre a configuração presente do setor na Galiza e sobre a sua resiliência recente em Portugal a partir do que de muito elucidativo ouvi, nas Xornadas do CES, quer do nosso Paulo Vaz (secretário-geral da ATP) quer do seu contraparte Alberto Rocha (secretário-geral da Cointega, Cluster Textil Moda) – um dia destes venho por aqui contar...
(http://www.lavozdegalicia.es
e http://www.farodevigo.es)
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