sábado, 24 de dezembro de 2016

NATAL




(A imagem de um músico de rua, disfarçado de Pai Natal, numa esquina algures em Berlim e as sombras que se projetam sobre a fotografia, são uma alegoria do Natal deste ano, afinal um ano ao contrário do que desejaríamos para um mundo mais convivial e tolerante, mas esse será provavelmente o futuro novo normal em que teremos de nos mover, novos e velhos…)

Na Alemanha e em Berlim jogar-se-ão seguramente nos próximos tempos muitas das réplicas de intolerância, de fechamento e de suspeição que os acontecimentos desta semana tenderão a multiplicar, pressionando a Chanceler Merkel a cedências de acomodação fácil no calculismo político que grassa por aí. Merkel merece vénia e chapéu pela resistência que tem manifestado ao simplismo linear e oportunista de uma grande maioria das forças políticas por essa Europa fora. Vénia e chapéu também por não ter aderido aos desvios franceses, como dói a falta de espinha das forças políticas francesas e arrepia a queda vertiginosa de Hollande, inferiorizado com a sua pequenez face à história.

Por cá um Natal também algo atípico, com a impossibilidade circunstancial de viver na consoada a irrequietude e brilho no olhar dos netos, por força da incontornável geometria variável das famílias respetivas. Mas energia e esperança não faltarão para que para o ano os equilíbrios regressem.

Feliz Natal a todos os que se dignam conceder-nos a honra de partilharem a leitura deste blogue.



Fiquem com as delícias de um vinyl: Duke Ellington meets Count Basie –Battle Royal.

Que torrente de música!

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