sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

BRUSCAMENTE NESTE INVERNO, UM AMBIENTE DE GUERRA FRIA


Claro que não estamos perante um regresso da Guerra Fria (até porque está a chegar Trump e uma previsível relação amistosa entre os Estados Unidos e a Rússia), mas as opções de Obama a dias da saída parecem querer indiciar um misto de salto da tampa, retaliação e autocrítica, devidamente condimentado por uma certa sensação antecipada de vazio de poder. A abstenção nas Nações Unidas contra os colonatos de Israel, por um lado, e a expulsão de 35 diplomatas russos e sanções adicionais por ingerência indevida no processo eleitoral (election hacking), por outro, são as evidências mais palpáveis do que acima se afirma. E que, até alguma prova cabal em contrário, se me afigura mais como uma manifestação de algum desespero e desorientação do que como o resultado de uma estratégia pensada e focada em objetivos realistas e relevantes. Veremos, até porque preferia claramente estar enganado na interpretação que avanço – e, sobretudo, veremos como Trump vai efetivamente lidar com esta herança que abomina em nome de uma proclamação (make America great again) sem grande conteúdo prático que não seja o de um mundo sem qualquer sentido civilizacional e a fugir para o dantesco...


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