segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

PROXY WARS



Boris soma e segue sem dar sinais de qualquer noção ou vergonha. E já está de facto tudo dito e redito acerca da destreza política de Boris, esse ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido que não cessa de asneirar em cúmulos. Desta vez, foi durante uma conferência em Roma que veio afirmar que “isto [políticos que distorcem e abusam da religião, incluindo de diferentes ramos da mesma religião, para alimentar os seus próprios objetivos] é uma tragédia – e é uma das principais razões pelas quais estão a ocorrer guerras por procuração em toda a Região [Médio Oriente], a inexistência de lideranças suficientemente fortes nesses países”, não deixando ainda, para ser mais específico e preciso, de acrescentar: “temos os sauditas, o Irão e toda a gente que anda por aí a puxar cordelinhos e a jogar às guerras por procuração”. Theresa May lá teve de mandar a sua porta-voz vir a público no sentido de limitar o embaraço causado junto de Riad (um importante cliente das empresas de armamento e um dos principais aliados históricos britânicos), procurando deixar bem claro que a palavra de Boris não representa a posição do governo a que pertence, em posição aliás bastante destacada. Saudade de quando havia estadistas...

(Chris Riddell, http://www.guardian.co.uk)

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