(Hoje, em Braga
numa manhã húmida, esperando na incontornável Brasileira por uma reunião de
trabalho, a voz pesarosa da amiga e colega Pilar González anunciou-me a morte
do António Almodovar, meu antigo
aluno na FEP e prestigiado Professor da Escola na área do pensamento económico,
com o qual mantive durante largo tempo uma cumplicidade estruturada em torno
das controvérsias do pensamento económico …)
Manhã fria e húmida na cidade de Braga que despertava para o movimento de
Natal, mais fria e húmida com a notícia da morte do António Almodovar, atraiçoado
por um linfoma que se terá complicado. O António ficará indissociavelmente
ligado ao meu interesse pelas controvérsias do pensamento económico, ele que
tanto contribuiu para o enobrecimento da história do pensamento económico
português, com trabalho notável por exemplo na divulgação da obra de José Acúrcio
das Neves, ainda na companhia do também saudoso Professor Armando Castro.
O seu espírito crítico, propenso à identificação da controvérsia no
interior do pensamento económico, manteve-se sempre ativo e aquela sua presença,
com o cachimbo como companhia inseparável, integrará para sempre o meu imaginário
sobre a FEP.
À Joana Almovodar, sua filha e também economista, também minha aluna, com a
qual tive também um enorme prazer em trabalhar e à família mais próxima, o meu sincero
abraço de condolências, sentindo hoje que fico mais pobre.
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