Quase aposto que há quem já tenha saudades de uns graficozinhos. Junto acima quatro relativos à evolução económica dessa Alemanha que comanda a Europa sem alumiar caminhos ou dar algum do exemplo que poderia e deveria. À esquerda, e como base explicativa de quase tudo, a impressionante discrepância registada no último quarto de século entre um forte crescimento da produtividade e um moderadíssimo crescimento dos salários reais. À direita e em baixo, a volatilidade dos fluxos migratórios recebidos ao longo do mesmo período a sugerir uma incapacidade essencial para desse modo ser enfrentado o tremendo desafio demográfico instalado (xenofobias à parte). À direita e mais acima, duas evidências do pós-crise: um crescimento económico superior ao dos parceiros da Zona Euro mas já nitidamente inferior ao dos Estados Unidos e um excedente de transações correntes cada vez mais significativo (uma assimetria que a arquitetura e as regras da moeda única não dão mostras de conseguir esbater e que ainda mais largamente intocável se revela por via de uma doentia supremacia do egoísmo nacional germânico). Assim, e como referia na dedicada separata do “Financial Times” um especialista (Martin Lück, responsável pela estratégia de investimento para a Alemanha da BlackRock), estamos manifestamente perante “uma idade de ouro para a indústria alemã”; embora, e como também acrescentava o analista, haja razões de preocupação em relação ao que poderá ocorrer a médio prazo – e essa vai ser progressivamente a questão que se lhes irá colocar...
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