De entre as coisas que mais me irritam na vida está a de tentarem fazer de mim (ou de nós) parvo. Claro que o sr. Luís Godinho (acima numa imagem que circula nas redes sociais e que reproduzo com a devida vénia ao desconhecido autor) não conhece a minha pessoa, pelo que o que procurou fazer ontem em Setúbal – com a preciosa ajuda do sr. Hugo Miguel no VAR, sim o mesmo que já abrilhantara o uso daquele novo instrumento decisional do futebol português no jogo da primeira volta do FC Porto contra o Benfica – em desfavor de um grande número de concidadãos seus que gostam do desporto-rei e que o querem disputado de modo limpo.
Vejamos os dois factos mais salientes, sem prejuízo da existência de outros como um segundo amarelo a Rúben Dias ou um lance para falta capital a favor do Vitória: (i) dois jogadores dos “encarnados” estavam tapados em matéria de cartões amarelos, sob pena de não poderem vir a disputar o clássico do próximo Domingo – pois rezam unanimemente as crónicas da especialidade que ambos os mereceram, Fejsa por via de uma cotovelada no rosto de André Pereira logo aos cinco minutos e Jardel através de uma obstrução com contacto ao mesmo André Pereira e cortando uma jogada potencialmente perigosa; (ii) aos 91 minutos, depois de um jogo em que o Vitória tinha desperdiçado várias ocasiões para se colocar à frente do marcador e quando a imaginação dos jogadores de vermelho persistia em escassear, a capacidade cénica de Salvio ajudou a inventar uma grande penalidade alegadamente cometida sobre si num lance que o VAR deveria ter mandado visualizar – uma situação assim descrita hoje por Jorge Coroado: “Luís Filipe tocou no ombro de Salvio. Este apoiou duas vezes os pés no chão e deixou-se cair ao perceber que não alcançava a bola. Diriam os brasileiros: banheira!”
E assim se amealharam mais dois pontinhos a caminho de um “penta” que ou vai ser realidade porque assim estava escrito e combinado ou não o vai ser porque a superior justiça divina assim o determinará...
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