Já o sabíamos, ou pelo menos suspeitávamos, mas é sempre relativamente chocante tomar consciência plena do estado a que chegamos após a autêntica sangria a que o País foi sujeito no período troikista e mais que troikista que tão desgraçadamente o afetou. Um período que não deixou também de ser bem preparado porque pessimamente antecedido pelos anos de uma governação socrática cada vez mais incompreensível em alguns dossiês da maior relevância (PT e EDP, p.e.) e nos duvidosos fundamentos éticos que lhes estiveram subjacentes (veja-se a notícia hoje divulgada a propósito do ex-ministro da Economia Manuel Pinho). Volto ao resultado, focando-me apenas num dado suficientemente elucidativo: em termos individuais, o Estado chinês é o maior beneficiário dos dividendos distribuídos pelas empresas que compõem o nosso PSI20 (mais de 230 milhões de euros, por via das participações que detém na EDP e na REN desde as desastrosas privatizações de 2012) e a remuneração dos acionistas das referidas empresas salda-se por um volume de encaixe por parte de entidades e cidadãos nacionais praticamente equivalente ao volume de encaixe por parte de entidades e cidadãos estrangeiros. Mesmo sabendo que o capital não tem Pátria...
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