segunda-feira, 2 de abril de 2018

JESUS MELHOR QUE O PARSIDENTE

(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

Enquanto se aguarda o fecho de mais uma jornada da Liga portuguesa, com o FC Porto a visitar o Restelo, tempo para uma breve referência à indescritível baixeza a que se chegou no futebol nacional, entre emails e toupeiras, acusações de resultados combinados e denúncias anónimas, insultos e mimos de nível inigualável. Na última semana, Bruno e Salvador foram os principais donos do jogo, com aquele a classificar este de “labrego, trolha e aldrabão” (ainda não percebi porque é que ser trolha é matéria de ofensa!) e este a responder citando uma máxima do seu velho conhecido Bernard Shaw (“nunca lutes com um porco”). Valha-nos que a vitória do Braga tenha afastado os “verde-e-brancos” do título e valha-nos, também, a “colidade” com que Jorge Jesus consegue passear, orgulhosa e imperialmente, a sua fantástica classe de treinador – mesmo quando volta a ser medricas e se vê obrigado a um permanente ajustamento de discurso perante as derrotas e o desfazer dos objetivos proclamados...

Adenda pós-Belém: o futebol é assim, a tal caixinha de surpresas em que praticamente tudo pode acontecer – lembram-se dos 7-1 da Alemanha ao Brasil? Não obstante, esta equipa do FC Porto falhou redondamente nos seus dois últimos jogos fora de portas e Sérgio Conceição mostrou, pela primeira vez numa época de grande mérito, que não só não é o santo milagreiro que se apregoou como ainda lhe falta alguma presença diferenciadora na definição tática e na gestão a partir do banco. Não creio, mas pode até ser que se redima na Luz...

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