Na União Europeia, enquanto o tempo corre para o fim no mandato da dupla Juncker/Tusk e esta já prepara o seu testamento vital procurando acelerar alguns processos mais marcantes (Brexit e Perspetivas Financeiras, desde logo), os motores já aquecem para a disputa de lugares que está aí ao virar da esquina. Ao que parece, o grande favorito do momento será o francês Michel Barnier, que já foi comissário e é o chefe das negociações com os britânicos. Dizia o “Expresso” que poderá ter junto de si, numa vice-presidência acumulável com a liderança do Eurogrupo, o nosso omnipresente e todo-poderoso Mário Centeno. O cenário de conjunto considerado mais provável é o que reproduzo na imagem mais abaixo e é inquietante – excluindo a genuinidade democrática e o cavalheirismo do francês –, com o dito Barnier na Comissão e o holandês Mark Rutte (de há uns meses armado em chefe das hostes anti reformadoras e combatentes da política de coesão) no Conselho, acompanhados pela chegada de dois falcões alemães à condução do Parlamento Europeu e do Banco Central. Mas claro que o primeiro milho costuma ser dos pardais e que ainda vai correr muita água debaixo das pontes – de algum modo, a única coisa que podemos desde já ter mesmo por certa é a de que tal cenário não irá ver a luz do dia na sua integralidade ou em várias das suas partes; mas a tendência, ui a tendência...
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