Foram os seus 92 anos de idade, e não outro malefício qualquer, que não perdoaram a vida ao desenhador Albert Uderzo, criador a quem devemos – conjuntamente com o argumentista René Goscinny, há muito desaparecido – a “poção mágica” que vem alimentando desde há décadas gerações inteiras de toda esta “aldeia galesa” que é, afinal, o mundo em que vivemos. Não escapei naturalmente a esse vírus bom e aqui o venho reconhecer sem rebuço, antes com total e agradável veemência, num quadro de natural pesar. Apenas dois apontamentos adicionais: o primeiro para salientar, sintomaticamente, que só encontrei referências visíveis ao facto em órgãos de língua francesa, espanhola ou portuguesa; o segundo para chamar a atenção para o brilhantismo das primeiras páginas do “L’Équipe” e da “Marca”, ambas ligando o facto a um dos títulos de “Astérix” (aliás também já explorado em cinema) e ao adiamento ocorrido no mesmo dia dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021. E um grande obrigado, Uderzo!
(cartoons de Pierre Kroll, http://www.lesoir.be, Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt, José Manuel Puebla, http://www.abc.es e Agustin Sciammarella, http://elpais.com)
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