(Steve Breen, https://www.sandiegouniontribune.com)
O título deste post provém de um artigo de Kenneth Rogoff a que faço a devida vénia. Um artigo que anuncia o óbvio, logo ao abrir: “É muito cedo para prever o arco de longo prazo do surto de coronavírus. Mas não é muito cedo para reconhecer que a próxima recessão global pode estar ao dobrar da esquina – e que ela pode ter uma configuração muito diferente daquelas que começaram em 2001 e 2008.”
Sugiro a leitura integral do dito texto, para o que volto a abrir o apetite dos nossos leitores reproduzindo o seu parágrafo final: “As chances de uma recessão global aumentaram dramaticamente, muito mais do que o que as previsões convencionais de investidores e instituições internacionais se esforçam por produzir. Os policymakers têm de reconhecer que, além de cortes nas taxas de juros e de estímulos fiscais, o enorme choque nas cadeias de fornecimento global também precisa de ser abordado. O alívio mais imediato poderá vir da drástica redução pelos EUA das suas tarifas de guerra comercial, assim acalmando os mercados, exibindo estadismo em relação à China e colocando dinheiro nos bolsos dos consumidores americanos. Uma recessão global é um tempo de cooperação, não de isolamento.”
Enquanto a incerteza prevalece e a ideia de contenção domina quase naturalmente – sempre com as notícias de uma Itália fechada no centro da atualidade e com impactos defensivos de todo o tipo no nosso “torrão lusitano” –, as reações económicas ao coronavírus multiplicam-se à escala global em sentidos sempre desconcertantes e com efeitos altamente negativos que prenunciam futuros próximos nada brilhantes para o mundo e, necessariamente, para o nosso país e a nossa sociedade.
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