(Não se trata de morbidez ou obsessão. É tão só a
tentativa de ir formulando uma perspetiva global, retendo os países à data com os
valores mais elevados de pessoas infetadas. Não ignorando as imperfeições destas comparações, há alguns valores que
começam de facto a impressionar.)
A taxa de letalidade
do COVID-19 só provavelmente depois de tudo isto amainar e corrigidas que sejam
as diferenças de registo ou de modo de registo de mortes e casos confirmados poderá
ser interpretada com a distância necessária.
Mas o facto do John
Hopkins Coronavirus Center nos atuallzar diariamente a informação leva-nos a
monitorizar a evolução das taxas de letalidade. Bem sei que essas taxas
dependem também do momento em que a epidemia se encontra, do modo como se
registam as mortes observadas (o que é uma morte provocada pelo COVID-19) e
ainda da forma como o número de testes realizado influencia o número de casos
confirmados.
Ora à data de 27.03.2020,
os valores das taxas para os 21 países que comunicaram o maior número de casos já
nos dão que pensar:
- O valor descomunal do valor em Itália sobressai, com 10 mortes por cada 100 infetados;
- Mas para além da Itália há um conjunto de 5 países com valores que exigem melhor interpretação: Espanha, Irão, França, Holanda e França.
Javier Sampedro arremete
hoje no El País contra os dados, afirmando que os valores de infetados em
Espanha estarão sub-registados em dimensões insondáveis (link aqui).
Não dá para pensar nesta
vertigem. Deixemos que o tempo se abata sobre as terríveis curvas.
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