segunda-feira, 23 de março de 2020

CINEMA EM CASA




Fechado em casa, recupero como posso algumas promessas que julgava de cumprimento difícil ou tendencialmente em vias de perda. Sobretudo em matéria de (re)leituras atrasadas ou na expectativa de uma nova incursão e da observação de filmes adiados ou à espera de uma nova oportunidade de escalpelização.

Neste Domingo, coincidindo com um terrível pico alcançado pela crise pandémica em Itália – país claramente transformado, até ao momento, no grande mártir da irreal situação que assola o mundo –, apeteceu-me rever “Senso” (1954), o “filme-ópera” (como foi tão bem designado por João Bénard da Costa, assim trazendo a primeiro plano a magistralidade nele patenteada por Giuseppe Verdi e, sobretudo, Anton Bruckner) de Luchino Visconti em que a belíssima Alida Valli substituiu como protagonista a primeira eleita Ingrid Bergman (diz-se que por um motivo a rondar o ciúme da parte de Roberto Rossellini) no papel de Condessa Livia Serpieri (cuja paixão quase doentia pelo Tenente austríaco Franz Mahler comanda a ação).

No final, quis ainda aproveitar para uma breve recapitulação daqueles tempos de unificação, recorrendo ao pertinente mapa do “Atlas Historique Mondial” que comprei, semanas atrás, na “Librairie Européenne” de Bruxelas – está lá o essencial (incluindo a recuperação de Veneza à ocupação austríaca em 1866, ver abaixo) daqueles anos de libertação e afirmação de sentido nacional que por ali marcaram a segunda metade do século XIX.

Andrà tutto bene!

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