domingo, 8 de março de 2020

O S. JOÃO EM FESTA CENTENÁRIA


Foi prazer imenso o de testemunhar ontem o início da celebração do centenário do extraordinário Teatro Nacional S. João no Porto. Onde estiveram, concedendo ao evento a importância que ele tem, o Presidente da República (que, muito justamente, condecorou o Teatro), o Primeiro-Ministro, o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, a Ministra da Cultura e a Comissária Europeia da Coesão e Reformas. Sendo que o momento mais alto foi o da reposição em cena de “Turismo Infinito”, um “fulgurante” espetáculo de Ricardo Pais (sempre ele!) e António M. Feijó construído a partir de três textos de Fernando Pessoa e lançando sucessivamente em cena (através dos cinco intérpretes de altíssima qualidade que são João Reis, Emília Silvestre, Pedro Almendra, José Eduardo Silva e Luís Araújo): “o guarda-livros Bernardo Soares e o seu visionário desassossego na Rua dos Douradores; a turbulência de Álvaro de Campos, engenheiro naval que ficou sem trabalho ‘depois de estar a Índia descoberta’; o Pessoa simbolista das interseções, mas também aquele que melancolicamente se revela em ‘Un Soir à Lima’ e o outro Fernando que se corresponde com Ofélia Queirós; Maria José, a corcunda que ama um serralheiro com toda a sua alma; e o bucólico Caeiro, o ‘mestre de toda a gente com capacidade para ter mestre’”. O ambiente era festivo e via-se brilho em muitos olhos. Pessoalmente – deixem-me que vos diga e nada mais direi –, sinto um orgulho enorme por ter sido parte desta solução (programática mas também de modernização e regeneração infraestrutural) que teve a sua origem e subsequentes desenvolvimentos na crença, na competência e na energia de Pedro Sobrado e da sua equipa...


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