Num Pavilhão Rosa Mota confortavelmente cheio e bastante envolvido, Pedro Abrunhosa fez ontem o primeiro de vários concertos da nova fase de uma carreira coerente e sempre em renovação. Teve de tudo, de uma dimensão pessoal e intimista à dimensão cívico-política que ele tão bem cultiva ― com a Ucrânia na primeira linha das atenções (“um tirano contra dois povos”, disse), mas sem esquecer uma homenagem ao Serviço Nacional de Saúde ―, aquele longo concerto que a magnífica acústica e a significativa diversidade temática (nem sequer faltou uma revisitação ao velho tema que animou o anticavaquista concerto do Coliseu em 1994!) facilitaram sobremaneira. O artista portuense, que permanece em excelente forma e irredutivelmente profissional, nunca deixou de lembrar que estava ali pela cultura, pela música, pelo amor e pela paz. A companhia também ajudou a fazer da noite um momento para guardar.
sábado, 12 de março de 2022
ENQUANTO NÃO HÁ AMANHÃ, ILUMINA-ME
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