segunda-feira, 21 de março de 2022

UM NOVO PALPITE GOVERNATIVO

(Agustin Sciammarella, http://elpais.com)

Parece que é já depois de amanhã que António Costa entrega a sua lista governamental ao Presidente da República. As especulações em torno de nomes abundaram moderadamente durante todo este período intercalar, sinal de que no essencial a confidencialidade e a reserva prevaleceram por parte dos poucos que conhecem o “segredo” (designadamente os convidados). Pessoalmente sou também dos que compõem a larga maioria que nada sabe ao certo, mas tenho algum interesse e curiosidade em relação ao assunto (embora expectativas baixas quanto à capacidade de Costa para nos surpreender, como lhe competiria); o racional do meu palpite na matéria assenta nos pressupostos já aqui enunciados em post de 13 de fevereiro, ao mesmo tempo que algumas adivinhações jornalísticas foram ajudando a que me sentisse conduzido a produzir alterações de escassa monta. Tudo somado, o novo e reajustado palpite é o que abaixo segue sem mais comentários e de peito integralmente aberto às balas que decorrerem daquilo por que finalmente o primeiro-ministro vier a optar em termos de estrutura governativa e do respetivo elenco.



Notas finais: (i) cheira-me que António Costa poderá tirar da cartola um nome feminino para a Defesa, talvez uma daquelas inúmeras especialistas que crescentemente se nos apresentam na comunicação social ― só que não consigo arriscar um nome, pelo que me fico pelo mais conhecido e mais relativamente improvável Porfírio Silva; (ii) talvez também seja possível que Costa escolha uma mulher para a Cultura, embora não me pareça que vá por Joana Gomes Cardoso (referenciada pelo “Expresso”) por razões óbvias, havendo ainda quem avente a hipótese alternativa de André Moz Caldas para esta pasta; (iii) admito com pouca probabilidade que Costa opte, aliás lucidamente, por indicar Fernando Medina para o Planeamento (ficando Duarte Cordeiro só com o Ambiente), caso em que apontaria alguém com mais credibilidade curricular do ponto de vista académico (a exemplo de Centeno ou Leão) para as Finanças (também uma mulher?); (iv) diz-se que existem dúvidas sobre as vontades de Alexandra Leitão, Graça Temido e Ana Mendes Godinho, casos em que poderão surgir nomes presentemente menos badalados (além do indiscutível António Lacerda Sales e do “reservista” Tiago Antunes); (v) não é ainda de excluir que surjam duas soluções recauchutadas, com a renovada ministra da Agricultura a resistir e conseguir ficar no posto que tão garbosamente exibe e com o Planeamento e Desenvolvimento Regional a ser entregue a uma personagem tão amada pelos autarcas de todas as cores como é Ana Abrunhosa; (vi) e se Tiago Brandão Rodrigues, de quem Costa parece gostar bastante, não perturbando excessivamente os equilíbrios de género acabasse por ir parar à Ciência?

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