Eis-me a gritar uma forte indignação pela eliminação do FC Porto da Liga Europa, ontem objetivamente escolhida pelos responsáveis do clube aos variados níveis. Nem por estarmos em face de uma época que tem corrido razoavelmente bem em termos desportivos e em que Sérgio Conceição tem estado mais bem do que mal na maioria das situações se pode aceitar o modo displicente e desvalorizativo como tudo aconteceu em Lyon. O treinador será talvez o culpado menor do sucedido, sobretudo na medida em que o tapete que lhe foi tirado com a venda de Luis Diáz sempre o teria de obrigar a defender-se por via da aposta de mínimos que constitui a opção predominante pelo título nacional. Mas o adepto ― e hoje já falei com vários ― não aceita capitulações destas (“desilusão” coisa nenhuma!) nem desculpas estritamente físicas associadas a profissionais altamente bem pagos, antes preferiria que a sua equipa não tivesse comparecido ou tivesse sido representada por juniores. E nem o desenrolar de um jogo que ia mostrando quão acessíveis eram os franceses comoveu Sérgio, fazendo-o mudar alguma coisa no xadrez coletivo ainda a tempo ou antes que fosse demasiado tarde (como o foram as entradas de Taremi e Vitinha). Não duvido do bem fundado das razões internas que moveram Sérgio Conceição, mas aqui quero deixar lavrado o meu protesto, to whom it may concern. Na esperança de uma vitória no Bessa (e se não acontecer, ninguém terá remorsos?) e de outras sete “finais” bem-sucedidas...
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