segunda-feira, 14 de março de 2022

O MASSACRE DE MARIUPOL

 

Na guerra de Putin, as atrocidades sucedem-se e os requintes de malvadez ganham em sofisticação. Não obstante, arrisco a convicção de poder vir a ser o bombardeamento da maternidade de Mariupol, ocorrido dias atrás, aquele que mais simbolicamente ficará a marcar a sensibilidade de todos quantos vão sofrendo com a observação desta horrenda primeira parte de uma guerra cujo fim parece cada vez mais largamente incerto. Tratou-se apenas de uma ocorrência de entre a já imensa variedade de crimes contra a humanidade praticados pela saga destruidora das tropas russas, a somar ainda à tremenda e chocante catástrofe dos milhões de “refugiados” externos e internos e respetivos dramas pessoais e familiares associados, mas o facto é que a ocasião e as circunstâncias a tornaram especialmente impressionante e acabaram por conduzir a que a imagem quase concomitante de um eficaz ataque ucraniano a um grupo de tanques russos se tenha transformado num compreensível embora inconsequente momento de generalizado e quase vingativo aplauso do lado ocidental.




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