quinta-feira, 10 de março de 2022

MAIS MACRON NO ELISEU

(Jean Plantu, https://twitter.com)

Emmanuel Macron pensou e voltou a pensar a ponto de quase fazer fumo ― não tanto por qualquer tipo de hesitação quanto a avançar ou não para uma segunda candidatura presidencial mas sobretudo em termos de definição de entre as suas opções potenciais de posicionamento no contexto em causa ― até que finalmente lá se lhe fez luz e entendeu chegado o momento de comunicar aux françaises e aux français que se reapresentava.

 

É, pois, uma nova temporada que agora começa, depois das diversas que a precederam e em que Macron protagonizou episódios que praticamente exauriram toda a gama de caminhos disponível, inclusive com destaque para o abundante uso pessoal que deu à presidência europeia que o seu país cumpre e, em especial nesse quadro, para o impróprio e improcedente relacionamento que estabeleceu junto de um ditador russo que não teve qualquer pejo em autenticamente o levar a toureio; um certo topete democrático, convenhamos, que os seus adversários se limitaram a registar entre alguma indignação e uma efetiva incapacidade de reação contrariante.

 

Sem prejuízo, tudo indica que as eleições acabarão por ser um quase passeio para Macron, primeiro porque as alternativas em presença, além de parecerem débeis, se apresentam largamente divididas nas diversas áreas políticas (à esquerda e nos verdes como à direita e na extrema-direita) e depois porque o período bélico que vivemos não é de molde a grandes exigências e preocupações de estilo, até mesmo naquela sempre inconformada França... E, de facto, antes assim seja porque de complicações já temos dose sobrante! 


(Nicolas Vadot, http://www.levif.be)

(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)

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