Cameron, ontem, à chegada ao Conselho Europeu: “Quando cá
estivemos em novembro, os valores apresentados eram demasiado altos. Têm de
descer e, se não descerem, não haverá acordo.” A sonhada Europa dos valores,
hoje União Europeu pura e dura, assim posta a funcionar como uma espécie de supermercado
por estadistas deste tipo, aliás dominantes: alguém lhes apresenta o produto e,
em achando ou não aceitável o preço do mesmo, assim o compram ou o rejeitam…
Entretanto, e cumprida a imprescindível maratona noturna, o dito
Conselho acaba de atingir um acordo a 27 e todos se apressam a manifestar as suas
razões de agrado, mais ou menos relativo. A inglória batalha passará agora para o
Parlamento Europeu e para o interior dos grandes grupos políticos. Ouvia as
notícias e lembrava “O Leopardo”, que voltei a ler (Lampedusa) e a ver (Visconti)
recentemente: alguma coisa a mudar para que tudo fique como dantes…
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