O hoje anunciado plano de reestruturação do Porto de Lisboa, com as suas
dimensões de construção de um novo terminal de contentores, de porto turístico
para cruzeiros e de porto de recreio, suscitou o desabafo de alguém que muito
prezo, que me fez chegar a seguinte reflexão:
“Há um porto que cresce, tem as contas equilibradas, dá
lucro, começa a ficar congestionado, onde entidades públicas, patrões,
sindicatos e autarquia trabalham em conjunto em prole do serviço público.
Há outro porto sem estratégia, em que ninguém se entende, que definha, que
perde carga e dinheiro.
O primeiro tem um projeto de expansão, discutido antes de ser apresentado,
maduro entre todos e que vem dar resposta à necessidade premente de aumentar a
capacidade exportadora do país.
O segundo não tem plano nenhum, é condicionado por todos, serve de coutada
à mesquinhez.
Dos planos do primeiro ninguém fala. Todos os agentes locais estão de
acordo, todas as forças económicas também, é facílimo de financiar.
Sobre o segundo, sem cuidar minimamente do que perde o país em mandar para
a margem sul a atividade portuária, vem o Governo anunciar projetos enormes,
reabilitações urbanas, linhas férreas, terminais.
É demais.”
António Costa exultou. Será, entretanto, curioso avaliar o que os
candidatos à Câmara do Porto e a outros municípios da Região pensam sobre esta
questão.
Sem comentários:
Enviar um comentário