As eleições italianas que estão neste preciso
momento a decorrer podem vir a tornar-se determinantes para o devir da crise
europeia. Como não alcanço as razões para que um personagem tão grotesco quanto
“Il Cavaliere” consiga manter-se na “crista da onda” do espetro político de um
país como a Itália, limito-me aqui a dois humildes registos: acima, o da hipótese
proveniente de um cidadão médio que confessa não conseguir conter-se e ser
escravo do voto “ao calhas”; abaixo, o da certeza associada à incerteza reinante
em relação às escolhas finais entre “um comediante espirituoso, um magnata
exibicionista, um tecnocrata eficiente ou um político confiável”, com posteriores
reflexos em termos de formação de um governo. Dizem os mais
sensatos que um desejável governo “normal” e estável talvez pudesse passar por
uma re-coligação entre a coligação expectavelmente mais votada (liderada pelo
Partido Democrático de Bersani) e aquela que será provavelmente a quarta
classificada (liderada pelo primeiro-ministro cessante, Mario Monti). Buona fortuna!
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