quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

OUTRO DESABAFO…

 
Junto aqui a voz do meu amigo Alberto Castro, no seu artigo do JN desta Terça-Feira (“A Estratégia dos Palpites”), à do nosso João Pedro que o António Figueiredo aqui citou, com um tão elevado sentido de pudor que não ouso afrontar, no seu post do dia 22 (“Um Desabafo…”). Desabafemos, então, em conjunto:
 
“Como [reformar o Estado] passa por acabar com a tomada de decisões por palpite. O que está a dar, agora, é o impacto do alargamento do canal do Panamá. Alguém olhou para um mapa e concluiu que Portugal é o país europeu que lhe está mais perto. Até agora isso fazia de Sines a porta de entrada na Europa, justificando a linha férrea para Badajoz. Não fossem os navios falhar o alvo, eis que o argumento se repete, desta vez, para Lisboa. Não tenho competência para discutir a utilidade de construir a linha férrea de Sines à fronteira. Pergunto-me: por que não Aveiro? Tenho ouvido e lido que, para além da Autoeuropa, o grosso das mercadorias que passam por Sines não tem na ferrovia uma alternativa de escoamento para a Europa. Não sou, também, capaz de avaliar se a Trafaria é a alternativa certa para retirar os barcos de Santa Apolónia. Em qualquer caso, o que li sobre logística marítima diz-me que a narrativa da porta de entrada para os navios provenientes do Panamá soa a lenda, sobretudo quando os principais mercados de destino estão no Centro e Leste da Europa. Estou disposto a ser refutado. Há estudos sérios e independentes sobre o assunto? Mostrem-nos! Enquanto se decidir assim, não há reforma do Estado que nos valha!”

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