Bastou que em Itália se exprimisse todo
o absurdo do voto dazzardo para que
os mercados voltassem a fazer rugir o seu esplendor animal.
Acima, os resultados das eleições
legislativas italianas em três diferentes modalidades: os números – refletindo
como as percentagens finais obtidas pelos principais contendores não permitem,
façam-se as contas que se fizerem, qualquer cenário de governabilidade admissível
pela câmara alta –, a prosa – vitória tangencial de Bersani, remontada de
Berlusconi, boom de Grillo e flop de Monti, eis uma excelente síntese
– e a ilustração – pelos traços de Emilio Giannelli (http://www.corriere.it), Jeff
Danziger (http://www.nytimes.com) e Dave
Brown (http://www.independent.co.uk), este
escolhendo um título tão notável quanto o de a “ressurreição de Lázaro”.
Abaixo, um gráfico evidenciando a
evolução recente do spread das
obrigações italianas a 10 anos relativamente às alemãs e provando que não era
preciso ser bruxo para antecipar os verdadeiros pés de barro em que assentava todo
o discurso oficializado em torno da ideia de um fim da crise. Até já Passos
veio hoje avisar, à cautela, que o nosso tão magnificente acesso aos mercados
pode ficar remetido a um eufórico fogacho do mau marketing político…
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