terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

ECCOLA



 
Bastou que em Itália se exprimisse todo o absurdo do voto dazzardo para que os mercados voltassem a fazer rugir o seu esplendor animal.
 
Acima, os resultados das eleições legislativas italianas em três diferentes modalidades: os números – refletindo como as percentagens finais obtidas pelos principais contendores não permitem, façam-se as contas que se fizerem, qualquer cenário de governabilidade admissível pela câmara alta –, a prosa – vitória tangencial de Bersani, remontada de Berlusconi, boom de Grillo e flop de Monti, eis uma excelente síntese – e a ilustração – pelos traços de Emilio Giannelli (http://www.corriere.it), Jeff Danziger (http://www.nytimes.com) e Dave Brown (http://www.independent.co.uk), este escolhendo um título tão notável quanto o de a “ressurreição de Lázaro”.
 
Abaixo, um gráfico evidenciando a evolução recente do spread das obrigações italianas a 10 anos relativamente às alemãs e provando que não era preciso ser bruxo para antecipar os verdadeiros pés de barro em que assentava todo o discurso oficializado em torno da ideia de um fim da crise. Até já Passos veio hoje avisar, à cautela, que o nosso tão magnificente acesso aos mercados pode ficar remetido a um eufórico fogacho do mau marketing político…

Sem comentários:

Enviar um comentário