Clara chamou-lhes aqueles nomes invulgares
e recomendou-lhes uma passagem pelo dicionário para deslindarem o respetivo
significado. O que pessoalmente fiz, recorrendo ao meu melhor adjunto para
estas matérias, o “Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea”.
No primeiro caso, estaríamos perante um “homem
presunçoso, que aparenta superioridade” ou um “indivíduo sonso, hipócrita”. No
segundo, estaríamos perante um “crítico parcial” ou um “detrator”.
Discordo das declarações de Augusto,
Costa e Vital (acima ilustrados, respetivamente, enquanto ministro da Defesa e
pelos traços de António e Fernão Campos) acerca de Relvas e de alegados
atentados ao seu direito à liberdade de expressão. Mas não consigo reconhecer
qualquer dos três nas tão maléficas caraterísticas acabadas de descrever.
Ainda assim, e atendendo ao que valem por
si próprios e ao relevante papel que desempenha(ra)m na sociedade portuguesa –
cada um a seu jeito e competências muito próprios –, confesso a minha
dificuldade de compreensão e encaixe quanto ao porquê de às vezes tenderem a falar
demais ou movidos pelo politicamente correto ou apenas para marcar a diferença.
Resta-me o recurso àquele velho lamento que celebrizou o Diácomo Remédios: “não
havia necessidade”…
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