quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

MODELO SOCIAL EUROPEU



Em Genève, por força da minha colega Pilar Gonzaléz que me meteu nestas andanças, em dois dias de trabalho para discutir os avanços do projeto sobre as consequências da crise e das derivas impostas pelas políticas de austeridade. Num país em que o estado social é recente, instável pelas orientações políticas para a sua consolidação e desigual em termos de dimensões, públicos e territórios, é sempre difícil participar em discussões cujo teor tende a concentrar-se inevitavelmente sobre os países em que a arquitetura do modelo é mais acabada.

Para além da identificação das singularidades da presença do MSE, procurarei defender o argumento de que mesmo antes dos impactos da crise de 2008 e das derivas das políticas de austeridade, o Estado Social em Portugal estava sob pressão, devido sobretudo ao esgotamento do modelo de crescimento que agonizou na década de 2000. Presentemente, está sob uma dupla pressão. Os problemas do esgotamento do modelo de crescimento continuam presentes, agora agravados com o desmantelamento imposto pela consolidação fiscal abrupta e desregulada.

Mas o projeto conta com outras economias do sul – Espanha, Grécia e Itália. Veremos o que dá essa discussão.

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