“O TGV morreu!”, bramou o determinadérrimo secretário de Estado.
Percebeu-se que o móbil do crime assim confessado terá tido principalmente
a ver com o pai ideológico da criatura, no caso José Sócrates. E que, para que o
crime seja perfeito, não poderão vir a existir passageiros na nova linha a
lançar lá mais para diante, isto é, quando o Governo tiver afinal logrado obter
o financiamento que há dias a Comissão Europeia veio contrariar já lhe ter sido
assegurado.
Percebeu-se ainda que dinheiro nenhum pagava a aceitação de uma alta
velocidade socrática, pelo que 300 milhões de fundos europeus foram rejeitados e
deixados a aproveitamento espanhol. Isso enquanto um montante de verbas
europeias da mesma ordem de grandeza terá sido recebido pela Parpública para
ajudar a tapar o buraco das PPPs e persistem por
tratar as indemnizações a pagar aos vencedores do concurso entretanto cancelado.
A confusão impera, portanto. Porque, mesmo não sabendo se as mercadorias
assim quererão ser transportadas em quantidades adequadas e compatíveis, “o que
queremos é uma linha dos portos do Sul, e futuramente dos portos do Norte, com ligação
à Europa, com passagem por Madrid, coerente com as políticas definidas pela
Comissão Europeia e consentâneo com a realidade orçamental portuguesa.”
Moral da história: para que o Governo de Passos possa demonstrar ao
mundo que o seu TGV não é o de Sócrates mas sim um verdadeiro não-TGV – batizem-no
de tudo, menos de TGV! –, “o Governo quer uma linha de transporte de
mercadorias, não quer transportar passageiros”. E mais nada…
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