Gideon Rachman tem
apresentado no seu blogue The World no Financial Times algumas peças relevantes sobre a Alemanha de Mutti Merkel após
o ato eleitoral, agora que paradoxalmente o domínio político de Merkel acontece
com uma Alemanha maioritariamente de esquerda, mas cuja capacidade de concertação
é nula.
A territorialização dos
resultados eleitorais para a região de Berlim é surpreendente, pelo menos de
acordo com o mapa que abre este blogue, no qual a coloração dominante das
forças políticas vencedoras é combinada com uma representação aproximada da
linha que dividia anteriormente a cidade nas duas Alemanhas.
A legenda é a seguinte: CDU
(azul); SPD (vermelho); Verdes (verde) e o Die Linke – partido da esquerda
(roxo).
É esmagador que a antiga Berlim
oriental seja dominada pelo Die Linke, domínio só contrariado, segundo Rachman,
nas zonas mais enriquecidas (com fenómenos de gentrificação urbana).
Porém, a territorialização
dos dados nacionais oferece-nos uma visão mais consistente da Alemanha
profunda, na qual expressão da dupla CDU (Merkel) – CSU (Baviera) dá bem a
imagem da identificação vencedora entre o país e as ideias de Mutti Merkel. Com
o paradoxo da esquerda (não concertável) ter o maior número de lugares no
Bundestag.
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