quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A FRATURA DE BERLIM



Gideon Rachman tem apresentado no seu blogue The World no Financial Times algumas peças relevantes sobre a Alemanha de Mutti Merkel após o ato eleitoral, agora que paradoxalmente o domínio político de Merkel acontece com uma Alemanha maioritariamente de esquerda, mas cuja capacidade de concertação é nula.
A territorialização dos resultados eleitorais para a região de Berlim é surpreendente, pelo menos de acordo com o mapa que abre este blogue, no qual a coloração dominante das forças políticas vencedoras é combinada com uma representação aproximada da linha que dividia anteriormente a cidade nas duas Alemanhas.
A legenda é a seguinte: CDU (azul); SPD (vermelho); Verdes (verde) e o Die Linke – partido da esquerda (roxo).
É esmagador que a antiga Berlim oriental seja dominada pelo Die Linke, domínio só contrariado, segundo Rachman, nas zonas mais enriquecidas (com fenómenos de gentrificação urbana).
Porém, a territorialização dos dados nacionais oferece-nos uma visão mais consistente da Alemanha profunda, na qual expressão da dupla CDU (Merkel) – CSU (Baviera) dá bem a imagem da identificação vencedora entre o país e as ideias de Mutti Merkel. Com o paradoxo da esquerda (não concertável) ter o maior número de lugares no Bundestag.

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