De regresso ao Porto e numa
ligação tardia proveniente de Bruxelas e de Lisboa, dei comigo a viajar num
Airbus 319 com pouco mais de 20-30 pessoas. Sou um observador nato, dada a
minha invisibilidade, de pormenores de viagem e de personagens.
Desta vez tive sorte e a
minha atenção foi presenteada com a presença sempre simpática e bonacheirona do
Arquiteto Souto Moura cuja obra tanto aprecio e a de Rute Marlene (que me
ficaria na memória se aqueles olhos pudessem ser isolados e abstraídos de toda
a composição), cantora popular ou pimba como lhe queiram chamar. Da viagem,
sensaborona, demasiado rápida e com um avião vazio, nada a acrescentar.
Mas como o número de
passageiros era pequeno, a saída de todos (pelo menos dos que tinham apenas
bagagem de mão) foi feita quase em simultâneo. Daí que perante uma massa não
muito abundante de pessoas na receção pudesse registar que o ar bonacheirão e
pesado de Souto Moura tivesse passado indiferente, mas não o da cantora
popular. Mal assomada na porta de saída, ouviu-se imediatamente uma voz enfática,
“Olha a Rute Marlene”. Pois, o intelectual e a cantora pimba, se calhar uma
outra maneira de refletir sobre o mapa e sobre o tema do post anterior.
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