quinta-feira, 5 de setembro de 2013

DIADA 2013



O tempo voa. Há um ano, este blogue deu especial relevância e atenção ao que a grande manifestação da Diada catalã representou como evento de afirmação independentista. À magnitude daquele evento ninguém com algum poder de interpretação dos factos e dinâmicas sociais ficou indiferente, mesmo que não se ignorassem as contradições entre as forças políticas que apoiaram então essa grande manifestação.
Um ano depois, a Diada de 2013 vai realizar-se com algum sentimento não direi de bloqueamento mas pelo menos com a perceção de que a escalada independentista enfrenta uma complexa situação política interna, a que não são indiferentes os múltiplos escândalos financeiros que têm implicado a CiU principal força política nacionalista.
Por isso, em meu entender, a Diada de 2013 teria de ser focada em algo que não pudesse ser comparável com a espantosa manifestação de força de 2012. É nesse campo de interpretação que aparece a chamada Via Catalana, uma tentativa de ocupação da costa catalã com uma cadeia humana pro-independência de proporções nunca antes atingidas. Hoje, em conversa com um amigo catalão, falava-se que o número de inscrições ultrapassara já as 350.000 pessoas
Mas, por mais impressionante que a Via Catalana do próximo 11 de setembro se apresente, essa força não conseguirá escamotear que a via do nacionalismo independentista se encontra numa encruzilhada e a braços com a indeterminação das condições concretas em que possa ser realizada uma consulta popular em 2014.
E para apimentar toda esta questão o momento político catalão é marcado por um processo de “espionagem”, ou seja de vigilância por meios ilegais, do filho ex-líder da CiU Jordi Pujol, conhecido por atividades menos recomendáveis, em que alegadamente surgem envolvidos políticos do PP e do PSOE catalães.

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