Não com a frequência que
desejaria, visito por vezes o centro urbano de Espinho, sobretudo com o
objetivo de comprar peixe fresco de confiança, mas também pelo prazer de
partilhar por uma hora ou duas a atmosfera urbana descomplexada, multiclassista,
descontraída da Cidade.
Não tenho elementos para
intervir criticamente na luta eleitoral que vai travar-se, creio que renhida,
entre o atual presidente da Câmara Municipal (PSD) Pinto Moreira e o regresso de
José Mota (PS) à luta. Os últimos anos de governação local de José Mota foram
um desastre e pelo que me tenho apercebido a alternativa PSD foi um fracasso.
O que interessa é o
reconhecimento de que não consigo encontrar nos restantes concelhos
metropolitanos uma atmosfera urbana tão descomplexada e multiclassista como a
de Espinho, apesar de se tratar de uma estrutura de serviços urbanos de dimensão
modesta, mas muito variada. Notam-se aqui e ali os efeitos devastadores da
queda da procura interna, com alguns vazios e comércio fechado ou agonizante. Mas
o sábado de manhã é fervilhante, traz-nos a cidade no que de mais genuíno podemos
encontrar. Uma cidade para andar a pé, onde se pode encontrar o utensílio mais
inimaginável e fora de circulação das grandes superfícies comerciais. Espinho não
cansa, usufruiu-se tão simplesmente.
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