sábado, 21 de setembro de 2013

A MATRIZ URBANA DE ESPINHO



Não com a frequência que desejaria, visito por vezes o centro urbano de Espinho, sobretudo com o objetivo de comprar peixe fresco de confiança, mas também pelo prazer de partilhar por uma hora ou duas a atmosfera urbana descomplexada, multiclassista, descontraída da Cidade.
Não tenho elementos para intervir criticamente na luta eleitoral que vai travar-se, creio que renhida, entre o atual presidente da Câmara Municipal (PSD) Pinto Moreira e o regresso de José Mota (PS) à luta. Os últimos anos de governação local de José Mota foram um desastre e pelo que me tenho apercebido a alternativa PSD foi um fracasso.
O que interessa é o reconhecimento de que não consigo encontrar nos restantes concelhos metropolitanos uma atmosfera urbana tão descomplexada e multiclassista como a de Espinho, apesar de se tratar de uma estrutura de serviços urbanos de dimensão modesta, mas muito variada. Notam-se aqui e ali os efeitos devastadores da queda da procura interna, com alguns vazios e comércio fechado ou agonizante. Mas o sábado de manhã é fervilhante, traz-nos a cidade no que de mais genuíno podemos encontrar. Uma cidade para andar a pé, onde se pode encontrar o utensílio mais inimaginável e fora de circulação das grandes superfícies comerciais. Espinho não cansa, usufruiu-se tão simplesmente.

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