sábado, 14 de setembro de 2013

SOCORRO!

 
 
Já não sobram dúvidas sobre o estado de insanidade política que nos envolve e, muito especialmente, sobre a que mais me está próxima. Não me refiro ao estiloso, piroso e rançoso marketing eleitoral à portuguesa que pulula sem fertilizante de Valença a Vila Real de Santo António, trate-se – para só ilustrar – do crescimento com transparência de Vale de Cambra, do Cordeiro das Farmácias a querer liderar Cascais com paixão, da “nova Patrícia” (ou Catarina ou Pedro, que também os há) que Moita Flores trará a Oeiras, do futuro da Chamusca com Queimado ou de João Vieira Pinto a alinhar na equipa do “Porto Forte”. Não, não é só, porque a coisa vai bem mais ao osso...

 
Ele são umas candidaturas ditas “independentes” e supostamente vitoriosas, ora apenas dependentes do “independente” major que adotou Gondomar ora só dependentes do “independente” presidiário da Carregueira que conquistou Oeiras.
 
 
Ele são outras candidaturas ditas “independentes” e também supostamente vitoriosas, ora quase diretamente provocadas pelo aparelho do PS matosinhense ora quase diretamente provocadas pelo aparelho do PSD gaiense.


Ele são ainda outras candidaturas ditas “independentes” e em luta pela vitória, ora motivadas por uma forte oposição partidária sintrense ao patrocínio pelo aparelho de um amigo do chefe ora motivadas por uma oposição partidária portuense ao patrocínio pelo aparelho de outro amigo do chefe.
 

Mas no meu Porto a dita coisa é ainda mais sofisticada e complexa. Sendo breve e hiperbólico: (i) o PSD candidata o ex-autarca de Gaia, que enche a boca com a beleza do Portugal de Passos, enquanto este critica o Portugal despesista que diz ter herdado do passado (e que contou, ao que parece confirmado, com a ajuda daquele); (ii) o presidente cessante é militante do PSD mas vários dos seus vereadores pertencem a uma lista “independente” apoiada pelo CDS, que é centralmente parceiro de coligação governamental do dito PSD; (iii) o PS, que proclamou opor-se a Rio durante uma dúzia de anos e se diz contrário à austeridade pela austeridade, condescende com a sua indigente herança porque o homem diz que consegue pagar aos fornecedores a 30 dias!

Irra! Apre! É demais para a nossa pobre cabeça!

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