quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

COM OS OLHOS EM BICO



A publicação pela OCDE dos resultados do PISA 2012 tenderão a provocar um calafrio, em parte esperado, nas hostes europeias e ocidentais em geral sobre a chamada ofensiva asiática. Os resultados analisam o conhecimento e capacidades dos alunos com mais de 15 anos em três tipos de literacia: matemática, leitura e ciências.
Sete países (regiões) asiáticos dominam o ranking matemático, com Macau incluído, descendo para 5 e 4 países nos domínios da leitura e das ciências. E nem a super reputada Finlândia resistiu, descendo para 12º lugar em matemática, 6º em leitura e 5º em ciências.
Portugal continua a revelar alguma progressão, situando-se sempre abaixo da média da OCDE: 31º em matemática e em leitura e 36º em ciências

Há várias interpretações possíveis para esta superioridade asiática, a que não é alheia a pressão que incide sobre os estudantes asiáticos. Mas convém não ignorar o que é meu entender o fator crucial: o valor elevadíssimo que as famílias e os indivíduos atribuem à educação, cobrindo transversalmente a sociedade dos mais pobres aos mais ricos, entendimento claramente associado à mobilidade social ascendente que a educação proporciona.

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