sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

AINDA SE LEMBRAM DA VELHA MESOPOTÂMIA?



O conflito que se vive desde 2011 na Síria há muito que já colocou a situação fora de qualquer qualificação condigna. E não me refiro apenas aos catastróficos impactos associados às estimativas de 470 mil mortos (11,5% da população do país) e 1,9 milhões de feridos, provocando aquelas uma súbita redução da esperança de vida (de 70 anos em 2010 para 55,4 em 2015), nem aos prejuízos económicos (avaliados em mais de 255 mil milhões de dólares) ou às criminosas destruições sociais, institucionais, históricas e culturais que se sucedem e tudo varrem. Além de imagens que pretendem constituir breves sínteses factuais recentes ou pontos de situação aterradores e esclarecedores, o que de essencial aqui hoje quero sublinhar, e obviamente denunciar, é o que surge gritado em mais uma preciosa capa do velho “Libé”, a saber, que a Europa e a ONU também estão a morrer em Alepo ou, se quiserem, que esta ordem internacional já não tem por onde ser nem respeitada nem reabilitada...


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