O oitavo filme de Quentin Tarantino não será, a meu ver, o melhor dos sempre magistrais trabalhos assinados por esse notável e inconfundível realizador e argumentista. Mas é um Tarantino q.b. – com todo aquele mix de ação, humor, violência e provocação que faz o seu cada vez mais fascinante e tecnicamente refinado cinema –, imperdível por isso mesmo. O cenário é, desta vez, o velho Oeste no imediato pós-Guerra Civil americana expondo, como alguém escreveu, “uma nação inteira numa única sala” (o caçador de recompensas, o carrasco enforcador, o confederado, o xerife, o mexicano, o homem pequeno, o vaqueiro e a prisioneira). E contando ainda com o génio musical de Morricone a enquadrar aquelas simultaneamente calmas e perturbantes paisagens nevosas e a dar corpo às excelentes prestações de Samuel L. Jackson, Jennifer Jason Leigh, Kurt Russell e seus pares. Venha o nono!
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