(Bart, http://www.jornaldenegocios.pt)
Infelizmente, não tenho muito de relevante a contrariar em relação ao que o meu colega de blogue aqui acabou de escrever sobre a TAP. Mas para que o quadro fique mais completo, acrescento-lhe o seguinte elucidativo excerto sobre o ridículo condicionamento futebolístico que carateriza os nossos fazedores de opinião política (veja-se, p.e., o artigo de Henrique Monteiro – “Os ‘Rui Moreira’ do Porto e de Portugal” – no “Expresso Diário” de Sexta), um texto que é assinado por um jornalista do Porto (Valdemar Cruz) no “Expresso Curto” de hoje: “Lembram-se da história do comunista bom, que só o passa a ser depois de morto? É um pouco o que está a suceder com Rui Moreira, embora em sentido contrário. Até agora era um presidente exemplar, até pelo modo como foi eleito, civilizado, com mundo. Bastou-lhe dizer o óbvio para passar a ser olhado com desdém e até algum paternalismo pela generalidade dos fazedores de opinião. De repente tornou-se um parolo, a quem com toda a propriedade se aplicaria a frase celebrizada por Shakespeare dirigida pelo ditador Júlio César, no momento do seu assassinato, ao seu amigo Marcus Brutus: ‘et tu, Brute?’. Moreira terá passado a ver fantasmas centralizadores num país orgulhoso do exemplo dado ao mundo no campo da descentralização de competências e poderes. Roma não paga a traidores, terá alguém dito aos assassinos de Viriato. Lisboa não perdoa a quem ousa dizer que o rei vai nu. Na próxima quarta-feira Rui Moreira vai reunir-se com António Costa. Ambos sabem que pouco poderá ser feito enquanto prevalecer a opinião já expressa pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas, segundo o qual o Governo não pode mexer no plano estratégico da empresa. António Costa tem deixado passar a ideia de que isso é possível.” Aqui temos, pois, mais um coelho para o primeiro-ministro tirar da sua bem larga cartola...
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