Eu tenho a perfeita noção de que, em bom rigor democrático, deveria aguardar pela inquirição parlamentar de Miguel Relvas e daquela rapariguinha de ar sonso e poucas falas que andou pela Secretaria de Estado do Tesouro para aqui abordar este assunto. Mas não só se me tornou irresistível a referência feita ao mesmo no “Inimigo Público” como também, e principalmente, tudo indica que estamos perante mais uma daquelas irritantes e insuportáveis chico-espertices à portuguesa que por aí vão emergindo como cogumelos.
Eis, para os mais desatentos, o que há dias escrevia sobre a matéria o “Jornal de Negócios”: “O Estado, através da Parparticipadas, injetou 90 milhões de euros no Efisa nos últimos dois anos. Injecção de 12,5 milhões feita em Janeiro foi a última antes da venda do antigo banco de investimento do BPN à Pivot SGPS”; acrescentando ainda: “o valor mobilizado pelo Estado para o Efisa corresponde a mais do dobro dos 38,5 milhões de euros que a Pivot SGPS, ‘holding’ de capitais angolanos e portugueses [contando, entre os seus acionistas, com o antigo vice-governador do Banco Nacional de Angola Mário Palhares, o partner da ‘Roland Berger’ António Bernardo e o dito Miguel Relvas], acordou pagar pelo banco de investimento”.
Mas que raio de coisinha ruim é que passa pela cabeça deste inconcebível Relvas para se achar com direito e competência para ser guindado a uma função de banqueiro?
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