(vinheta de Emilio
Giannelli, http://www.corriere.it)
A notícia coincidiu com a minha saída do País e, depois, foi toda aquela boa correria de Karlsruhe. Mas, mesmo que tardiamente, não quereria deixar de aqui prestar homenagem ao especialíssimo intelectual que foi Umberto Eco – “o escritor que mudou a cultura”, titulava o “Corriere” na notícia de primeira página com que assinalava o infeliz desenlace. Claro, pois, que o escritor, filósofo e ensaísta foi mais, muito mais, do que o autor daquele seu romance de estreia (“Il nome della rosa”, 1980), uma inigualável história medieval de mistério e linguagem. Mas esse, além do reconhecimento mundial que obteve e que a adaptação cinematográfica ainda viria reforçar, tem para mim o simbolismo adicional de ter sido o primeiro livro que comprei e li em Portugal (a tradução nacional data de 1983) imediatamente após o meu regresso de uma prolongada estadia académica por terras de França no início dos anos 80 do século passado. Agora, e como já tinha adquirido “Número Zero” (a última obra de Eco), vou de imediato passá-lo para a short list que está em permanência presente na minha mesa de cabeceira...
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