Assim presto modestamente uma pequena homenagem à competência e independência de um já maduro profissional do jornalismo económico: Nicolau Santos. O excerto que acima reproduzo é do início desta manhã e já apontava para a evolução dos acontecimentos que parece estar a produzir-se nas negociações governamentais com Bruxelas e que Moscovici acabou de confirmar pela sua parte e enquanto comissário en charge. Como irão agora reagir os nossos tão lestos e condicionados comentadores? Refiro-me, entre muitos outros (obviamente também incluindo os que falam do que não sabem e só por ouvir dizer), ao extremismo fanático e provocador de Camilo Lourenço, à nada inocente agitação de António Costa (TVI), à marcada agenda ideológica de Bruno Faria Lopes, ao trabalhoso encantamento aritmético e pessoal de José Gomes Ferreira e até às cedências ao entorpecimento analítico de Helena Garrido. Claro que outras vozes qualificadas – como p.e. Pedro Santos Guerreiro, João Vieira Pereira, Cristina Ferreira, Sérgio Aníbal ou Rui Peres Jorge – foram igualmente críticas (o que é não apenas legítimo como obviamente saudável e razoável) mas essas fizeram o devido uso da sua melhor preparação e inteligência e de formulações mais cautelosas e/ou elegantes.
E não menos claro também é o facto de não haver vencedores antecipados perante situações em que nada está adquirido e cuja gestão concreta está muito longe de ser um exercício fácil ou minimamente garantido. Porém, tudo visto e ponderado e quaisquer que sejam as reservas com que possamos continuar a encarar vários dos compromissos e das hipóteses orçamentais de Costa e Centeno, este é o momento de saudar vivamente a fleumática paciência, a habilidade negocial e a corajosa obstinação com que o primeiro-ministro vem procurando meter um pauzinho resistente naquelas gordurosas e viciadas engrenagens do establishment comunitário...
E não menos claro também é o facto de não haver vencedores antecipados perante situações em que nada está adquirido e cuja gestão concreta está muito longe de ser um exercício fácil ou minimamente garantido. Porém, tudo visto e ponderado e quaisquer que sejam as reservas com que possamos continuar a encarar vários dos compromissos e das hipóteses orçamentais de Costa e Centeno, este é o momento de saudar vivamente a fleumática paciência, a habilidade negocial e a corajosa obstinação com que o primeiro-ministro vem procurando meter um pauzinho resistente naquelas gordurosas e viciadas engrenagens do establishment comunitário...
(Cristiano
Salgado, http://expresso.sapo.pt)
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