(João
Fazenda, http://visao.sapo.pt)
Como resistir a uma breve sobre a recandidatura à liderança do PSD ontem à noite apresentada pelo impagável Passos? Porque uma coisa é a sua legítima ambição pessoal a continuar à frente dos pobres destinos do partido laranja e outra coisa bem diferente é a “narrativa” com que agora desavergonhadamente resolveu vir a público, bem expressa no slogan “Social-Democracia Sempre” que escolheu adotar numa desesperada tentativa de recompor a sua imagem de primeiro-ministro teimoso e cara de pau a insistir repetidamente em vulgatas doutrinárias e tiros de pólvora seca ao longo de intermináveis quatro anos e meio. No seu discurso de ontem esteve igual a si próprio e não deixou de acrescentar alguns requintes de malvadez verbal – destaco o primoroso quilate daquela sua frase segundo a qual “mesmo nas medidas de austeridade que adotámos fomos sempre sociais-democratas”. O inultrapassável problema de Passos é o de que a maioria dos portugueses até pode ser piegas mas talvez não esteja muito propensa a esquecer...
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