terça-feira, 24 de janeiro de 2017

AH MEU, DIGO HAMON!




A primeira volta das primárias presidenciais da esquerda em França produziram mais um resultado surpreendente e preocupante. Seja porque o vencedor não passa de um político absolutamente vulgar (sem qualquer carisma e visão nem especial rasgo que não o da fronda), seja porque esse mesmo Benoît Hamon sai à frente pelas mesmas, más e populistas razões com que o voto se vai tornando imprevisível por esse mundo fora – no caso, quase que aposto que foi a retórica do “rendimento universal de existência” que se veio somar a uma proposta emblemática inicial de redução do tempo de trabalho para lhe conceder o empurrão vitorioso final. Em qualquer caso, adivinha-se mais uma derrota retumbante para o quase moribundo socialismo francês (cujo candidato já vai em quinto nas intenções de voto, deixando apenas a abertura de algum espaço mínimo de esperança progressista ao sócio-liberal Macron) e, assim também, para a azoratada social-democracia europeia.

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