É obviamente um problema de má perceção da minha parte quanto ao andamento do tempo, mas tenho que confessar a incomodidade que me assalta de cada vez que o Fórum de Davos se prepara para acontecer: porque nunca por nunca consigo admitir e aceitar que já passou um ano inteiro sobre a última vez. Em 2017, os principais dados avançados, além do incontornável Trump (l’un des nôtres), foram os da instabilidade e incerteza que pairam sobre a economia mundial e da ascensão simultaneamente inquestionável e tremelicaste de uma China campeã do livre-cambismo. E já olho muito expectantemente para 2018 (quão depressa chegará?), especialmente na medida em que me revejo largamente naquela hipótese que Jaime Nogueira Pinto veio há dias sugerir nos seguintes e interrogativos termos: “E se, em termos de tempo histórico, o século XX só terminasse agora, em 2017?”
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