(Resultados surpreendentes
para Portugal no Commitment Development Index promovido pelo think-tank de Washington
Center for Global Development, o que justifica a procura de razões para o resultado obtido…)
Comecei a seguir sistematicamente o Center for Global
Development (CGD, mas sem as
vicissitudes da Caixa) (ver link aqui) nas minhas atividades de pesquisa em
torno do desenvolvimento, sobretudo por influência da presidência do think-tank
Nancy Birdsall uma grande economista do desenvolvimento, referência sempre
constante nas bibliografias que acompanhavam o meu trabalho letivo. O CGD
inclui hoje, para além do de Nancy Birdsall, nomes como Lawrence Summers, Fred
Bergsten, Adam Posen que atestam bem a sua relevância.
Na sua vasta atividade de agitação e disseminação de ideias em torno do
desenvolvimento, o CGD publica regularmente o Commitment
Development Index, que mede a
qualidade das políticas públicas promovidas pelos países que podem ser
consideradas um contributo para a melhoria das condições de vida no mundo, numa
perspetiva inclusiva de desenvolvimento para todos.
O índice, em linha com outros índices desta natureza, é composto e assenta
em sete dimensões: ajuda internacional, financiamento, tecnologia, ambiente,
comércio externo, segurança e migrações. Os mais curiosos podem ver neste vídeo
uma explicação da sua formação (ver link aqui).
Pois, a edição de 2016 acaba de ser publicada e surpreendentemente Portugal
ocupa o 5º lugar do ranking global, o que resulta da síntese das sete dimensões
analíticas atrás mencionadas. O que é significativo é Portugal estar no grupo
dos escandinavos (que ocupam os três primeiros lugares) e logo depois da França,
assumindo mesmo posição dianteira face à Noruega.
A desagregação da posição de Portugal pelas sete dimensões é também
sugestiva:
·
Ajuda internacional – 15º;
·
Financiamento – 16º;
·
Tecnologia – 2º;
·
Ambiente – 3º;
·
Comércio externo – 12º;
·
Segurança – 9º;
·
Migrações – 7º.
Não sei se o Presidente Marcelo tem conhecimento deste resultado na sua
senda de levantar o moral aos Portugueses. À geringonça recomenda-se prudência
pois alguns dos indicadores podem resultar de informação estatística que reporta
a períodos passados. O índice vale o que vale e certamente o CGD encontrará na
Washington de Trump obstáculos para a disseminação das suas ideias. Os credores
de Portugal não saberão por certo da existência do índice. Mas não deixa de ser
surpreendente a companhia e o emparelhamento com os escandinavos.
Quem é a assessoria económica e internacional de Marcelo?
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