segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

QUEM DIRIA!




(Resultados surpreendentes para Portugal no Commitment Development Index promovido pelo think-tank de Washington Center for Global Development, o que justifica a procura de razões para o resultado obtido…)

Comecei a seguir sistematicamente o Center for Global Development (CGD, mas sem as vicissitudes da Caixa) (ver link aqui) nas minhas atividades de pesquisa em torno do desenvolvimento, sobretudo por influência da presidência do think-tank Nancy Birdsall uma grande economista do desenvolvimento, referência sempre constante nas bibliografias que acompanhavam o meu trabalho letivo. O CGD inclui hoje, para além do de Nancy Birdsall, nomes como Lawrence Summers, Fred Bergsten, Adam Posen que atestam bem a sua relevância.

Na sua vasta atividade de agitação e disseminação de ideias em torno do desenvolvimento, o CGD publica regularmente o Commitment Development Index, que mede a qualidade das políticas públicas promovidas pelos países que podem ser consideradas um contributo para a melhoria das condições de vida no mundo, numa perspetiva inclusiva de desenvolvimento para todos.

O índice, em linha com outros índices desta natureza, é composto e assenta em sete dimensões: ajuda internacional, financiamento, tecnologia, ambiente, comércio externo, segurança e migrações. Os mais curiosos podem ver neste vídeo uma explicação da sua formação (ver link aqui).

Pois, a edição de 2016 acaba de ser publicada e surpreendentemente Portugal ocupa o 5º lugar do ranking global, o que resulta da síntese das sete dimensões analíticas atrás mencionadas. O que é significativo é Portugal estar no grupo dos escandinavos (que ocupam os três primeiros lugares) e logo depois da França, assumindo mesmo posição dianteira face à Noruega.

A desagregação da posição de Portugal pelas sete dimensões é também sugestiva:

·        Ajuda internacional – 15º;
·        Financiamento – 16º;
·        Tecnologia – 2º;
·        Ambiente – 3º;
·        Comércio externo – 12º;
·        Segurança – 9º;
·        Migrações – 7º.

Não sei se o Presidente Marcelo tem conhecimento deste resultado na sua senda de levantar o moral aos Portugueses. À geringonça recomenda-se prudência pois alguns dos indicadores podem resultar de informação estatística que reporta a períodos passados. O índice vale o que vale e certamente o CGD encontrará na Washington de Trump obstáculos para a disseminação das suas ideias. Os credores de Portugal não saberão por certo da existência do índice. Mas não deixa de ser surpreendente a companhia e o emparelhamento com os escandinavos.

Quem é a assessoria económica e internacional de Marcelo?

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