segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

MÁRIO SOARES, AINDA


Aproveito a feliz capa do “i” para, retirando-lhe os adornos, aqui assinalar uma vez mais um enorme sentimento pessoal de perda e o que entendo que deveria constituir este momento como um de imenso luto para Portugal. Com a objetividade que dele sempre acaba por advir, será seguramente o tempo a consagrar em definitivo Mário Soares como o grande português do último século. Até lá, ficam as impressões dos seus contemporâneos, algumas delas feitas de bocados truncados e mal assimilados no quadro de uma ignorância histórica que chega a afligir. Soares foi fixe em todos os combates centrais que quis assumir e protagonizar, relevando que a motivação dos seus pretensos acusadores decorre essencialmente de autocentramentos egoístas e invejosos de contornos tão perversos e doentios quanto os que consomem a sociedade que tais filhos tem e acolhe. E o resto, bem, o resto são simples detalhes de uma imperfeição humana que só valorizam quem soube ser...

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