terça-feira, 12 de setembro de 2023

DEPOIS DA DIADA

Teresa de Sousa escreve hoje no “Público” sobre os seus dois “11 de setembro”, reportando-se ao golpe de há 50 anos no Chile e ao ataque terrorista nos EUA em 2001. Mas há um terceiro, associado ao Dia Nacional da Catalunha (DIADA em catalão) que recorda o dia final da resistência de Barcelona ao cerco de que foi alvo durante a Guerra da Sucessão Espanhola em 1713/14. Vem isto a propósito de um apontamento que pretendo deixar sobre a celebração dessa data no dia de ontem, especialmente para sublinhar quão dividida está a opinião pública espanhola sobre a real força do “independentismo” neste momento em que se negoceia a investidura: pressões na rua e a procura de arrancar um referendo são para uns o quadro de leitura dominante das manifestações na Praça de Espanha, enquanto para outros a tónica reside na perda de força (em declive ou mesmo até à desmobilização) e na grandeza da pugna entre os partidos principais (Junts e ERC). Sendo que prosseguem escaldantes o ruído e as graçolas em torno das conversas negociais de bastidores e que o estatuto constitucional da questão da amnistia vai emergindo como o tópico mais relevante com que Sánchez e seus aliados irão procurar confrontar um Puidgemont que terá de decidir até que ponto deverá prolongar o seu atual bluff sem correr o risco sério de um novo e mais desfavorável ato eleitoral. E o tempo corre célere para um debate no Congresso que ocorrerá dentro de quinze dias.


(Idígoras y Pachi, http://www.elmundo.es)

(José Maria Pérez González – “Peridis”, http://elpais.com)

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