sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

DA NOSSA PRODUTIVIDADE

 

(https://elpais.com)


Divulgados ontem os dados relativos à produtividade do trabalho nos 27 países da União Europeia, eis no mapa acima a informação essencial no tocante ao estado da arte em 2022. Onde Portugal evidencia um posicionamento na cauda da tabela, apresentando um nível pouco superior a três quartos da média europeia e apenas acima do de quatro economias (Letónia, Hungria, Grécia e Bulgária). Esta situação contrasta de forma gritante com a que nos caraterizava em 2005 (data de início da série do Eurostat), quando abaixo do nosso nível de produtividade estavam ainda dez economias da Europa Central e Oriental. O que é bem revelador de uma evolução bastante medíocre que, na realidade, apenas tem paralelo em pior no caso trágico da Grécia; o gráfico abaixo ilustra bem esse nosso fraco comportamento relativo, visivelmente traduzido na linha quase paralela (a verde) registada ao longo de quase duas décadas. A grande questão sobrante provém da necessidade de irmos para além daquilo que o rácio sugere de dinamismo em falta na economia nacional ― ou, como parece que dizem os cartazes do Bloco em alegado aproveitamento do título de uma canção de Pedro Abrunhosa, de nos conseguirmos organizar para “fazer o que nunca foi feito” (BE) ou para “fazer o que ainda não foi feito” (PA), vale o mesmo para os devidos efeitos em apreço que não para clarificar a “loucura mansa” que para aí vai de modo tão descabido; sempre esperando que o comentador Júdice não entenda aquele meu qualificativo como uma apropriação imprópria de uma das suas rubricas das Terças-Feiras na SIC-N...


(Elaboração própria a partir de https://ec.europa.eu/eurostat)

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