Dois títulos mundiais em natação é um feito impensável para Portugal. E, no entanto, Diogo Ribeiro alcançou-o de uma forma magistral em Doha na belíssima mas exigente modalidade de mariposa (50 e 100 metros, no caso). Assim subitamente transformado no nosso melhor nadador desportivo de todos os tempos, suplantando o excelente Alexandre Yokochi e velhas guardas meritórias como António Bessone Basto, a façanha de Diogo tê-lo-á até talvez tornado no atleta português mais internacionalmente consagrado da atualidade em termos gerais. Esforços das estruturas dirigentes à parte, e sem prejuízo do aplauso que lhes é também devido, não me restam grandes dúvidas de que Diogo constitui um outlier num enquadramento com as restrições do nosso e em que a causa última de sucessos de nível mundial reside primordialmente em caraterísticas genéticas ímpares, as quais são paralelamente potenciadas por doses brutais de trabalho duro e continuado. Muitos parabéns ao duplo campeão mundial!
domingo, 18 de fevereiro de 2024
MARIPOSA DE OURO
(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
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