(O humor dos cartoons, sobretudo os de origem anglo-saxónica, são um universo infinito de inspiração possível. Recorria a eles frequentemente nas apresentações de suporte às minhas aulas e, do ponto de vista da abordagem ao mundo das empresas, dos negócios e das organizações, a reflexão que transparece de alguns exemplos é extremamente estimulante. O cartoon que inspira este pequeno post encontrei-o num tweet do persistente Richard Baldwin, que não resistiu ele próprio a um sorriso pela interpelação que ele representa. Na minha atividade profissional de andarilho do planeamento e da avaliação de políticas públicas, o chiste que ressalta deste cartoon aplica-se como uma luva a muitas das instituições com que me cruzo e é sobre esse tom que construo este post.)
De facto, em tempos em que os interesses público e privado aparecem promiscuamente combinados e até confundidos, em que muitos indivíduos sugam e extraem das instituições tudo o que lhes convém, abdicando de contribuir ativamente para os objetivos últimos que essas instituições deveriam servir e para a sua consolidação, apetece por vezes perguntar e interpelar esses personagens com esta desconcertante pergunta do cartoon: o que raio estás aqui a fazer?
Imaginem que pelas instituições mais problemáticas e menos consolidadas deste país se multiplicavam os artefactos digitais acessíveis ao público com perguntas deste teor.
Será que daí poderia resultar alguma tensão criadora e de correção de posturas?
Perguntar não ofende!
Uma bela caricatura do Princípio de Peter.
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